domingo, 2 de agosto de 2020

PORTUGUÊS 1º ANO B,C,D

Diretoria de Ensino Região de São Bernardo do Campo 

EE OMAR DONATO BASSANI


ROTEIRO 1 EAD 1ºanos AG-1 -3ºBIMESTRE -SEMANA DE 03 A 07/08/20


1. PROFESSOR:ANA MARIA DIAS

anamariadias@prof.educacao.sp.gov.br


2.TURMA:1ºanos B-C-D

3. DISCIPLINA:LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA



4. TEMA:Revisando os gêneros textuais:CRÔNICA E CHARGES

5. OBJETIVOS:Aspectos linguísticos específicos da construção dos gêneros.


7. HABILIDADES:966-Adaptar textos em diferentes linguagens,levando em conta aspectos linguísticos históricos e sociais.

ATIVIDADES:Crônica

***A crônica é um texto narrativo curto, que normalmente é produzido para jornais e revistas. Outra característica da crônica é que ela possui uma duração pequena e trata de acontecimentos corriqueiros do cotidiano.

Ela se adapta com o contexto em que é produzida e, ao decorrer do tempo, as crônicas ficam desatualizadas, como uma notícia passageira que não é mais lembrada.

1 – (Enem – 2008) – São Paulo vai se recensear. O governo quer saber quantas pessoas governa. A indagação atingirá a fauna e a flora domesticadas. Bois, mulheres e algodoeiros serão reduzidos a números e invertidos em estatísticas. O homem do censo entrará pelos bangalôs, pelas pensões, pelas casas de barro e de cimento armado, pelo sobradinho e pelo apartamento, pelo cortiço e pelo hotel, perguntando:

— Quantos são aqui?

Pergunta triste, de resto. Um homem dirá:

— Aqui havia mulheres e criancinhas. Agora, felizmente, só há pulgas e ratos.

E outro:

— Amigo, tenho aqui esta mulher, este papagaio, esta sogra e algumas baratas. Tome nota dos seus nomes, se quiser. Querendo levar todos, é favor… (…)

E outro:

— Dois, cidadão, somos dois. Naturalmente o sr. não a vê. Mas ela está aqui, está, está! A sua saudade jamais sairá de meu quarto e de meu peito!

(Rubem Braga. Para gostar de ler. v. 3. São Paulo: Ática, 1998, p. 32-3 (fragmento).)

O fragmento acima, em que há referência a um fato sócio-histórico — o recenseamento —, apresenta característica marcante do gênero crônica ao:

a) expressar o tema de forma abstrata, evocando imagens e buscando apresentar a ideia de uma coisa por meio de outra.

b) manter-se fiel aos acontecimentos, retratando os personagens em um só tempo e um só espaço.

c) contar história centrada na solução de um enigma, construindo os personagens psicologicamente e revelando-os pouco a pouco.

d) evocar, de maneira satírica, a vida na cidade, visando transmitir ensinamentos práticos do cotidiano, para manter as pessoas informadas.

e) valer-se de tema do cotidiano como ponto de partida para a construção de texto que recebe tratamento estético.

2 – (ENEM – 2012)

Desabafo Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado.CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).

Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem predominante é a emotiva ou expressiva, pois:

 a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código.

b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito.

c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem.

d) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais.

e) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação.

3 – (Fatec – 2013) –                                                                              

O labirinto dos manuais Há alguns meses troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções!Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi.— Manual só confunde – disse didaticamente. – Dá uma de curioso.Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora não consigo botar a campainha de volta!Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a promessa: “Rápido e fácil” – um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir cada instrução, página por página. Do que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz?Tudo foi criado para simplificar. Mas até o micro-ondas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse… E o fax com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, desde o início do ano!Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não é? Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas acaba fazendo!(Walcyr Carrasco, Veja SP, 19.09.2007. Adaptado)

Entre as características que definem uma crônica, estão presentes no texto de Walcyr Carrasco

a) a narração em 3ª pessoa e o uso expressivo da pontuação.

b) a criação de imagens hiperbólicas e o predomínio do discurso direto.

c) o emprego de linguagem acessível ao leitor e a abordagem de fatos do cotidiano.

d) a existência de trechos cômicos e a narrativa restrita ao passado do autor.

e) a ausência de reflexões de cunho pessoal e o emprego de linguagem em prosa poética.

4 – (UFRGS) – Considere as alternativas abaixo sobre o gênero crônica:

I. A neutralidade e a isenção do cronista são fatores preponderantes para a realização de uma boa crônica.

II. A crônica é escrita para durar pouco; daí advém o seu caráter efêmero e datado, bem como o interesse muitas vezes momentâneo.

III. Rubem Braga, ao contrário de Carlos Drummond de Andrade e Fernando Sabino, concentrou sua obra na crônica.

Qual(is) está(ão) correta(s)?

 

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas I e II.

d) Apenas II e III.

e) I, II e III.

 

 

 

 

 

 

 

 


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